Durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (14) na Governadoria, os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias de Mato Grosso do Sul receberam uma notícia importante: em abril, eles terão à disposição tablets e aparelhos de telefone celular para auxiliar em seu trabalho diário. Essa iniciativa visa aprimorar a produção por meio do uso da tecnologia. A entrega está agendada para o próximo dia 8, durante o III Encontro Estadual de Atenção Primária à Saúde, que acontecerá em Campo Grande.
A utilização de dispositivos móveis faz parte de uma proposta apresentada recentemente pelo governador Eduardo Riedel, visando um aumento na remuneração mensal de até meio salário mínimo (R$ 706) por mês. Esse aumento está condicionado ao cumprimento de indicadores de produção estabelecidos pela SES (Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul).
Atualmente, o Estado conta com quase 8 mil agentes, entre comunitários e de endemias. O piso nacional da categoria é de R$ 2.824 por 40 horas semanais de trabalho, além de adicional de insalubridade e, em algumas prefeituras, bonificações por tempo de serviço, entre outros. Em Mato Grosso do Sul, o Governo Estadual já paga um complemento mensal de R$ 706 para cada um dos agentes, há alguns anos.
Com a nova proposta, a remuneração dos agentes pode chegar a três salários mínimos, levando em consideração certos critérios. O aumento na remuneração dos agentes terá um impacto de cerca de R$ 100 milhões por ano nos cofres do Estado.
"O objetivo do governo é claro: primeiro, avançar na digitalização e, segundo e mais importante, obter dados de forma oportuna. Os dados coletados por essas categorias subsidiam a tomada de decisões, fornecem informações sobre o perfil biológico e indicam quais medidas o governo deve tomar para prevenir ou mitigar as crises sanitárias que temos observado. Esta é uma iniciativa muito importante e vale ressaltar que é a primeira deste porte no país; nenhum outro estado brasileiro tem suas duas categorias recebendo dispositivos móveis para essa finalidade", explica Marcos Espíndola de Freitas, coordenador de tecnologia e informação da SES.
Da Redação
Foto: Assessoria
