19 de Set, 2024
Com pedaço em Costa Rica, Parque Nacional das Emas ganha novo centro de visitantes
06 de Dez, 2023

O Parque Nacional das Emas, uma das unidades federais de conservação mais antigas do Cerrado Brasileiro, está mais confortável. Agora, os interessados em conhecer as atrações naturais do espaço poderão desfrutar de uma nova estrutura de acesso e apoio no Centro de Visitantes da entrada principal, localizada em Chapadão do Céu, Goiás. No entanto, o parque também abrange parte do município de Costa Rica, no Mato Grosso do Sul.

A revitalização incluiu a reforma da recepção e construção de novo banheiro na área de camping, além da construção de um restaurante no Espaço Formoso. As obras foram inauguradas nesta quarta-feira (6) pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, e pelo chefe da unidade, Marcos Cunha.

A solenidade teve início com a abertura da exposição “Visões do Invisível”, do fotógrafo e artista plástico Christian Spencer. A mostra permanente reúne em 14 painéis luminosos as imagens capturadas em quatro anos de observações do artista australiano radicado no Brasil. São paisagens naturais típicas da região e registros da fauna capturados com sensores de movimento em diferentes pontos da unidade de conservação de 132 mil hectares.

De acordo com o coordenador do parque, Marcos Cunha, as novas instalações oferecem condições para que os visitantes tenham a experiência de frequentar um ambiente natural preservado e com infraestrutura adequada para recepção de visitantes com segurança e conforto. “A intenção é que levem para casa apenas boas recordações e um olhar mais consciente em relação à conservação ambiental”, reforça.

Conservação

Criado em 1961, o Parque Nacional das Emas abrange os municípios de Mineiros e Chapadão do Céu, em Goiás, e Costa Rica, no Mato Grosso do Sul. A unidade de conservação encontra-se em um dos extremos da Serra dos Caiapós e apresenta diferentes formas de Cerrado, como os campos limpos, veredas, campos sujos e matas ciliares, numa topografia plana com predominância de chapadões. É a principal área de vegetação nativa preservada na região da divisa dos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás.

Além de abrigar uma população da maior espécie de ave do Brasil, e que inspirou o nome do parque, a unidade de conservação conta com inúmeras exemplares da fauna típica da biodiversidade da grande savana brasileira, como é o caso do lobo Guará, do cachorro-do-mato, da anta e do veado. No aspecto hidrográfico, o trabalho de proteção da área do parque contribui para a preservação dos rios Formoso e Jacuba, além de ser corredor ecológico entre as bacias dos rios Paraná, Araguaia (Amazônia) e Taquari (Pantanal).

A variedade de espécies da flora nativa contrasta com a presença de grandes cupinzeiros em quase todas as áreas do parque. Nos meses de outubro e novembro, é possível registrar o fenômeno natural conhecido como bioluminescência, produzido pelo efeito visual dos ovos de vagalumes depositados nos buracos dos cupinzeiros. As larvas emitem luz para atrair outros insetos voadores, criando um efeito raro na noite do Cerrado. A área protegida do parque é a única do bioma na qual o fenômeno pode ser presenciado.

Da Redação

Foto: Cerrado Extremo

 



Notícias mais lidas