18 de Set, 2024
Coordenador da Rede de Reservas Particulares destaca desafios desta modalidade de conservação
30 de Jan, 2024

Nesta quarta-feira, dia 31 de janeiro, é comemorado o Dia da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural). Laércio Machado de Souza, coordenador da Rede de Reservas Particulares do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, destaca o desafio de preservar 148 mil hectares em áreas particulares de Mato Grosso do Sul. O foco principal das ações em 2024, conforme nos anos anteriores, permanece na prevenção e combate a incêndios florestais.

Assista aqui a programação do Dia Nacional da RPPN no canal da Funatura no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Q4--nluei0I

Nesta semana, Laércio viajou para a sede do Ibama Prevfogo, em Brasília, participando de uma série de atividades em celebração a esta data comemorativa. Ele ressalta a importância de trocar informações e discutir ferramentas para tornar os mecanismos de preservação ainda mais eficazes.

No Brasil, existem 1.862 RPPNs, com 21 delas em uma área de 180 mil hectares no Mato Grosso, e outras 52 em uma área de 148 mil hectares no Mato Grosso do Sul. Uma das frentes da Rede é destacar a relevância desses espaços, especialmente aqueles localizados em áreas úmidas.

Laércio destaca o desafio do reconhecimento da importância das RPPNs pelo estado dentro do contexto de conservação do ecossistema. Desde 2020, a região enfrenta grandes incêndios, muitos deles iniciados fora das propriedades, reforçando a necessidade de mais investimentos em prevenção.

Ele ressalta que as áreas particulares, na maioria dos casos, têm suas próprias brigadas e em alguns casos atuam com apoio de órgãos estaduais, como o Corpo de Bombeiros, mas a capacitação e regularização das áreas são urgentes.

“Temos um desafio muito grande que é o reconhecimento por parte do estado, da importância das RPPNs, dentro desse contexto de conservação do ecossistema. Desde 2020, temos enfrentado grandes incêndios, a maioria deles ocorrido de fora para dentro das propriedades, por isso, há de se fazer mais investimentos em prevenções”, disse.

Dentro do evento em Brasília, que reúne autoridades políticas, governamentais e institucionais de defesa do meio ambiente, estão previstas a entrega de certificados, planos de manejo, lançamento da Rede Brasileira de Reservas Naturais e debates sobre tecnologias de combate ao fogo e crédito de carbono.

Laércio ressalta a importância de discutir os incêndios não apenas no Pantanal, mas em todo o Brasil, e o uso de sistemas de inteligência para monitorar as áreas. Enquanto 2020 foi marcado por incêndios graves, 2023 não registrou danos significativos às RPPNs.

“Vamos falar sobre o que tem ocorrido não somente na área do nosso Pantanal, mas também em outras partes do Brasil e o uso dos sistemas de inteligência que ajudam a monitorar as áreas. Em 2020, houveram vários incêndios que atingiram gravemente nossas RPPNs, mas em 2023 não houve danos significativos”, completou.

Da Redação
Fotos: Acervo Laércio Souza



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