22 de Out, 2024
Coxim abre licitação para compra de veículos para a Saúde após problemas contínuos
14 de Out, 2024

A Prefeitura de Coxim, sob a gestão de Edilson Magro, abriu uma nova licitação para a compra de veículos destinados à Secretaria Municipal de Saúde e ao Fundo Municipal do Meio Ambiente. O pregão eletrônico, marcado para o próximo dia 17 de outubro de 2024, prevê a aquisição de dois veículos do tipo minivan para atender demandas da saúde e uma pick-up para suprir as necessidades ambientais.

Embora a medida possa sinalizar esforços para melhorar a infraestrutura, a licitação ocorre em meio a um histórico de problemas graves no setor de saúde do município, um dos pontos mais criticados da administração atual. Durante o último ano, pacientes foram transportados em condições precárias, evidenciando uma frota sucateada e insuficiente para atender à população. Em diversos momentos, Coxim precisou recorrer a veículos emprestados de cidades vizinhas para garantir o transporte de pacientes.

Em meio ao processo eleitoral deste ano, a entrega de uma ambulância pela prefeitura gerou controvérsia. A ação, considerada propaganda institucional, resultou em uma denúncia contra o prefeito Edilson Magro, que apesar dos tropeços acabou reeleito. 

Um dos episódios mais graves foi registrado no transporte de uma criança com deficiência entre Coxim e Campo Grande. Um vídeo gravado pela mãe da criança revelou as condições perigosas de uma ambulância, cuja porta traseira abria repetidamente durante o trajeto em alta velocidade, obrigando o motorista a improvisar uma amarração com o cinto de segurança. Além disso, o sistema de ar-condicionado do veículo espalhava fumaça do escapamento para o interior, causando sufocamento nos ocupantes.

Essa situação é apenas uma das inúmeras falhas denunciadas na gestão da saúde em Coxim. Faltas recorrentes de ambulâncias, problemas mecânicos em ônibus terceirizados e a necessidade de pedir veículos emprestados refletem a desorganização administrativa. Em um dos casos mais recentes, um ônibus alugado para levar pacientes até Campo Grande quebrou no caminho, deixando pessoas à beira da estrada e sem acesso aos tratamentos médicos agendados.

Outro problema recente foram as demissões de médicos e os processos judiciais envolvendo o Hospital Regional, administrado pela Fundação Estatal de Saúde do Pantanal (Fesp), que agravam ainda mais o cenário. Em alguns desses processos, o município é alvo de pedidos de indenização que ultrapassam R$ 2 milhões, incluindo casos de erros médicos que resultaram em mortes e complicações graves.

Da Redação

Foto: Assessoria




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