O policial militar Luiz Cesar Ferreira de Melo, conhecido como Sargento Melo, candidato nas eleições de 2024 pelo Republicanos, entrou com uma ação judicial pedindo investigação contra as candidaturas do Partido Progressista (PP) em Alcinópolis. O policial alega que o partido teria lançado uma candidatura fictícia apenas para cumprir a cota de gênero exigida por lei nas eleições.

De acordo com Sargento Melo, o PP teria utilizado uma "candidatura laranja" para atingir o percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas, uma prática que ele aponta como um risco ao processo democrático, especialmente em municípios menores onde tais práticas podem ser mais eficazes.

Segundo a denúncia, a candidata Marcela da Parabólica (PP) obteve apenas dois votos e não fez campanha em redes sociais. A filiação ao partido teria ocorrido apenas dois dias antes do fim do prazo, em 4 de abril, o que levanta suspeitas. “Apesar de ser casada e ter contratado um cabo eleitoral, a candidata obteve somente dois votos, o que demonstra a ausência de qualquer campanha real. É inconcebível que, mesmo com esses recursos, tenha alcançado votação tão ínfima, indicando uma candidatura forjada”, justificou.

Na ação, Luiz Cesar pede que a Justiça reconheça a prática de fraude à cota de gênero e abuso de poder, e solicita a cassação dos diplomas dos três vereadores eleitos pelo PP, além de todos os suplentes do partido. Ele também pede a inelegibilidade de Marcela da Parabólica e que sejam ouvidas a cabo eleitoral contratada e Manoel Nunes, candidato a prefeito derrotado.

Nas eleições, o PP elegeu Alcir Dias, Valdeci Passarinho e Fernando Nicoletti como vereadores, enquanto o partido de Sargento Melo não obteve nenhum eleito.

Da Redação, com informações de Investiga MS
Foto: Assessoria