Com uma proposta de R$ 5.644.440,8400, a FBX Engenharia LTDA venceu a licitação para construir o novo prédio da Câmara Municipal de Coxim. A abertura dos envelopes foi realizada na manhã desta quarta-feira (01), transmitida ao vivo pelos canais oficiais do Legislativo.
Além da FBX, também concorreu a Gomes & Azevedo LTDA, que apresentou uma proposta de R$ 6.343.674,3400 e acabou derrotada no certame. A partir de agora, está aberto o prazo de cinco dias úteis para apresentação de recurso quanto ao resultado.
Caso não haja contestação da concorrente, no próximo dia 13 de novembro será feita a assinatura do contrato, com prazo de 12 meses para execução das obras. No entanto, nem todos os vereadores concordam com a construção de um novo prédio, a exemplo de Carlos Henrique (MDB).
Na sessão de segunda-feira (30), ele disse que vai preparar a próxima sessão uma moção de apoio pela não realização da obra neste momento. Segundo ele, a administração atual enfrenta vários problemas o valor do duodécimo pode ser usado em benefício da população.
“Convoco os nobres pares [vereadores] para que somem comigo em uma moção de apoio que apresentarei na próxima sessão, pela não construção do prédio da Câmara Municipal neste momento. Nós vivemos esse período em que temos várias situações que demandam recursos para atendimento à população. Precisamos de ônibus novo para a Saúde, precisamos de implementar o maquinário da Secretaria de Obras e nosso duodécimo pode ser usado em favor da população”, ressaltou.
Quem também não gostou nada da proposta foi a vereadora Marly Nogueira (PT). Na sessão ela ressaltou que quando foi apresentado o projeto do prédio, há mais de 1 ano, o município vivia um outro momento, com ‘vacas gordas’. No entanto, ela destacou os atuais desafios da gestão e lembrou que o prefeito esteve há pouco tempo na Câmara falando em ‘arrochar’ as despesas, para minimizar os gastos. Ao final, citando outras prioridades, lembrou que há pessoas em Coxim, em situação de extrema vulnerabilidade, que sequer têm casa para morar.
“Peço que parem com essa construção, visto que é incoerente iniciar uma sobra com nosso município passando por tanta dificuldade. Ou estou errada? [...] conversei com pessoas da construção civil e soube que com os R$ 7 milhões [valor previsto inicialmente] dava para construir 100 unidades habitacionais de 60 metros quadrados, visto que temos terreno para isso”, afirmou.
O vereador Abilio Vaneli (PT) completou a fala: “Pertinente a sua preocupação [vereadora Marly]. Tem processos judiciais e o Ministério Público envolvido nisso, então temos que avaliar o momento. Você falou de casas, mas temos que lembrar que temos um ônibus da saúde que vive quebrando, por exemplo, e que todo mês acabada na estrada, fazendo com que nossos pacientes percam consultas fora. Então temos que avaliar esse gasto com muito critério”.
Projeto
O terreno destinado à nova sede da Câmara de Coxim está localizado na Rua Barão do Rio Branco, próximo ao Sebrae. De acordo com informações divulgadas pela própria Câmara, a mudança é considerada necessária devido a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual contra o município de Coxim e a Câmara Municipal de Coxim, que questiona a falta de acessibilidade na atual sede. Contudo, o próprio Carlos Henrique questionou tal justificativa e disse anteriormente que todas as adequações, ou pelo menos as mais urgentes, foram realizadas.
Da Redação
