Com uma chamada pública inédita no País, o Governo do Estado vai investir R$ 10 milhões para financiar 68 pesquisas que possam contribuir com o desenvolvimento sustentável em nível regional. As assinaturas dos termos de outorga para os trabalhos selecionados ocorreram nesta segunda-feira (12), no auditório do Bioparque Pantanal, com a presença do governador Reinaldo Azambuja.
Desenvolvido pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS), a iniciativa (Chamada Fundect nº 31/2021 – Universal 2021) visa fomentar novas pesquisas de inovação com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas).
“Este edital vai desenvolver pesquisas que buscam o crescimento com sustentabilidade para as atuais e futuras gerações. Nós estamos no caminho certo. Mato Grosso do Sul é um dos únicos estados que investe massivamente no apoio a pesquisas, tecnologias, inovação e na ciência. Não é ser apenas pioneiro e sim se preocupar com o desenvolvimento”, afirmou o governador.
O diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo, destacou que esta chamada científica nunca ocorreu no Brasil. “É uma iniciativa inédita com esta temática, que coloca Mato Grosso do Sul como referência aos demais estados. São trabalhos importantes que vão ajudar o Estado, com pesquisas em diferentes universidades”.
O secretário em exercício da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Ricardo Senna, citou que nos últimos 23 anos foram investidos R$ 250 milhões na área de ciência e tecnologia no Estado, sendo que apenas na atual gestão (desde o primeiro mandato, iniciado em 2015) são mais de R$ 160 milhões ao setor, o que representa 65% deste montante. “Precisamos destacar esta sensibilidade do governador em entender que a ciência, tecnologia e inovação promovem ações de desenvolvimento”.
Pesquisas
As 68 pesquisas selecionadas neste edital abrangem diversas áreas como: Bioquímica, Administração, Ciências Políticas, Agronomia, Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Engenharia, Ecologia, Comunicação, Turismo, Farmacologia, Botânica e Medicina.
Os trabalhos serão conduzidos por pesquisadores de diferentes universidades, entre elas UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), UEMS (Universidade Estadual de MS), IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), Embrapa Gado de Corte e Embrapa Agropecuária Oeste.
Os projetos serão executados nos próximos dois anos, a partir da publicação dos termos de outorgas. “Existe aqui no Estado uma rede de colaboração entre as universidades. Estes 68 projetos representam várias instituições. A política pública ao lado do trabalho acadêmico, tendo a ciência como planejamento estratégico”, destacou o reitor da UFMS, Marcelo Turine.
