Na segunda-feira (29), a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) realizou na Câmara Municipal de Figueirão, no Norte de MS, uma palestra de orientação sobre o controle de raiva em rebanhos herbívoros a produtores rurais e interessados na pecuária.

O palestrante, médico-veterinário Fábio Shiroma de Araújo, é coordenador do Programa Nacional de Controle de Raiva dos Herbívoros (PNCRH) da Iagro e compartilhou informações valiosas sobre a prevenção dessa doença.

A médica veterinária Relysangela Alves Custodio, coordenadora da Vigilância Sanitária de Figueirão, onde trabalha com a agente de Fiscalização Flávia Ladislau, explanou sobre a raiva animal e dos cuidados que as pessoas devem ter em relação à doença.

“A raiva é uma enfermidade grave que representa riscos tanto para animais quanto para seres humanos, trazendo consequências significativas para a pecuária e a saúde pública. Detectar os primeiros sinais da doença é crucial para adotar medidas preventivas eficazes e controlar sua disseminação”, explicou Shiroma.

Durante a palestra, diversos aspectos relacionados à raiva foram abordados, incluindo sua gravidade e impacto na saúde dos animais e na segurança das pessoas. Além disso, foram discutidas estratégias e técnicas para o controle da doença, com foco na importância da vigilância ativa, no diagnóstico precoce e nas ações preventivas a serem adotadas pelos produtores rurais.

Uma das ênfases da palestra foi a interação da raiva em casos de gatos, assim como a profilaxia da raiva humana. Essa abordagem multidisciplinar ressalta a necessidade de uma visão abrangente no combate à doença, envolvendo diferentes órgãos e sistemas.

A atuação da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) também foi destacada durante o evento. Em Figueirão, por exemplo, a equipe da Iagro realizou vigilâncias nas propriedades vizinhas após o relato de um produtor sobre casos suspeitos de mortalidade. Dos 58 locais visitados, 9 apresentaram animais que morreram com sintomatologia de raiva, demonstrando a importância da pronta notificação para a tomada de medidas adequadas.

Durante a palestra, foi enfatizada a necessidade de os produtores comunicarem prontamente qualquer suspeita de raiva, assim que detectarem animais doentes. Essas notificações devem ser feitas o mais cedo possível, pois a manifestação clínica da raiva pode levar em média 45 dias para ocorrer, e uma resposta rápida é crucial para evitar perdas significativas.

O evento foi uma oportunidade única de aprendizado e troca de conhecimentos, contribuindo para a conscientização e o engajamento de todos na prevenção da raiva e na proteção dos rebanhos. A participação ativa dos produtores rurais reforça a importância da união de esforços no enfrentamento dos desafios e na construção de um setor pecuário mais saudável e seguro para todos.

Por Iza Olmos/IAGRO