Uma iniciativa está em curso no estado de Mato Grosso do Sul com o objetivo de restaurar cerca de 6 mil hectares anexados ao Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, na região norte do estado. O projeto, denominado "Sementes do Taquari", é uma parceria entre o Governo do Estado e diversas empresas, visando recuperar e preservar o ecossistema único da região por meio do plantio de 270 mil mudas.

Com uma área total de 30.618 hectares, o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari abrange terras entre os municípios de Alcinópolis e Costa Rica. A ação coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) é considerada o maior projeto de restauração de unidades de conservação do Brasil.

A primeira etapa do projeto consistiu na execução de ações de conservação do solo, incluindo terraceamentos e correção de voçorocas, em uma área comprometida por erosões. Essas ações foram custeadas pelas empresas Ômega Energia e Restaura Spaço Engenharia, parceiras do projeto.

Seguindo o planejamento, a ONG Oreades, com apoio financeiro das empresas Cargil, ATVOS e Adecoagro, iniciou o plantio de mudas típicas do Cerrado. O objetivo é plantar um total de 2 milhões de árvores, contribuindo para a recuperação da vegetação nativa e promovendo a biodiversidade da região.

Além da restauração da vegetação, o projeto inclui ações de monitoramento da fauna e da qualidade da água. Armadilhas fotográficas foram instaladas para registrar a presença de animais como antas, catetos, lobinhos e tamanduás, fornecendo informações importantes sobre a recuperação do habitat natural.

Outro aspecto relevante do projeto é o monitoramento da paisagem acústica terrestre, uma técnica moderna que permite avaliar a diversidade sonora do ambiente e identificar a presença de espécies de aves, complementando os estudos sobre a fauna local.

Com o "Sementes do Taquari", o Governo de Mato Grosso do Sul reafirma seu compromisso com a preservação ambiental e a busca por soluções sustentáveis para os desafios ambientais enfrentados pela região. O projeto representa não apenas uma iniciativa de grande impacto ambiental, mas também um exemplo de parceria entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade na promoção do desenvolvimento sustentável.

Da Redação

Foto: Divulgação/Imasul