O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS) abriu um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na administração do prefeito de Figueirão, Juvenal Consolaro. A investigação foi motivada por denúncias apresentadas pela vereadora Flávia Maria Bravo.

As acusações incluem o uso indevido de maquinários da prefeitura na fazenda do prefeito e a distribuição irregular de calcário. Segundo a vereadora, máquinas da Secretaria de Infraestrutura e da Secretaria de Desenvolvimento foram utilizadas para cascalhar uma estrada de 4 km e construir um curral na propriedade de Consolaro. Equipamentos como pá carregadeira, retroescavadeira, patrola, além de veículos como uma S10 e uma picape da prefeitura, teriam sido empregados nas obras.

A denúncia detalha que o cascalho foi transportado de Costa Rica, a 45 km de distância, utilizando cinco caminhões de 14 metros cúbicos, cada um realizando seis viagens por dia, totalizando 90 viagens. A vereadora afirma que os maquinários foram usados na fazenda do prefeito em três ocasiões diferentes ao longo de um ano.

Além disso, Flávia Maria Braço recebeu queixas de moradores sobre a distribuição de calcário, apontando que a lista de beneficiários incluía o prefeito, sua esposa e filhos. Os moradores alegam que não foram informados sobre a distribuição do material. A prefeitura, por sua vez, defende que a entrega de calcário seguiu um decreto da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e que os familiares do prefeito cumpriram todos os requisitos necessários.

A investigação do MP-MS busca esclarecer os fatos e determinar se houve abuso de poder e uso inadequado de recursos públicos na gestão de Juvenal Consolaro.

Da redação, com informações de Investiga-MS

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