20 de Set, 2024
No Pantanal, tecnologia traz de volta tuiuiús que ficaram sem ninho após incêndios em 4,5 milhões de hectares
30 de Nov, 2023

Tecnologia da Energisa garantiu a construção de ninhos artificiais que trouxeram de volta os tuiuiús para as margens da BR-262, a caminho do Pantanal, em Corumbá. A ave-símbolo da região foi uma entre centenas de espécies prejudicadas por uma série de queimadas que destruiu cerca de 4,5 milhões de hectares naquela região em 2020. A tragédia sem precedentes acertou em cheio os ninhos e afastou os tuiuiús , que aos poucos estão voltando.

Naquele momento, municípios, o estado e o país não estavam preparados para enfrentar os incêndios da maneira necessária. Em meio a essa crise, foi criado um comitê de prevenção de queimadas, com coordenação do governo do estado do Mato Grosso do Sul e participação da Energisa, que se mantém até hoje. A Energisa não vem poupando esforços para evitar que os incêndios aconteçam, participando ativamente desse processo de prevenção e recuperação das áreas atingidas. E as ações vêm dando resultado. 

Uma dessas ações contou com a ajuda de Rodolfo Pinheiro, gerente de construção e manutenção na Energisa Mato Grosso do Sul, e trouxe de volta a ave-símbolo do Pantanal para uma paisagem conhecida. Nascido em Corumbá, Rodolfo viu o famoso ninho dos tuiuiús ainda criança. Ele guarda na memória quando a família, saindo ou voltando de férias, parava às margens da rodovia para admirar e fotografar o voo e os pousos dos pássaros no alto ninho. Quando o ipê que servia de casa para os tuiuiús queimou, a tristeza foi geral. Rodolfo não poderia imaginar que faria parte do time que traria as aves de volta.

A ideia veio através do pesquisador Walfrido Tomás, da Embrapa Pantanal, e da pesquisadora Neiva Guedes, do Instituto Arara Azul: criar um ninho artificial, da mesma forma como é feito na Europa com as cegonhas, que são aves da mesma família dos tuiuiús. O contato com Rodolfo e a Energisa se deu por conta da tecnologia de construção de altas torres e de estruturas metálicas, que poderiam colocar o ninho na altura certa para os pássaros se readaptarem.

“Quando teve a queimada, a gente ficou muito consternado, foi muito triste.  Para mim, pessoalmente, e para as pessoas que conhecem. Quando eles vieram falar comigo, eu pensei, “é muita loucura isso”, porque eu estava como gerente do departamento de construção e manutenção e caiu na minha mão (junto com o meu time, óbvio) um negócio que se relacionava com meu tempo de moleque, que eu tirava foto e admirava. Ter essa possibilidade de ajudar na restauração foi algo fantástico, uma sorte para mim”, contou Rodolfo.

A ação do ninho é simbólica pelo que representa a ave para o Pantanal, mas as preocupações e ações ambientais da Energisa não param por aí. Durante as queimadas, a Energisa doou EPIs (equipamentos de proteção individual) e combustível para as brigadas de incêndio, além de alimentos para os animais desalojados pelo fogo que foram resgatados em situação de vulnerabilidade. 

Além disso, a Energisa também participa do projeto Abrace o Pantanal, que treina uma inteligência artificial para identificar focos de incêndio e proteger o pantanal mato-grossense. Por fim, o investimento em agroflorestas, em parceria com o Instituto Homem Pantaneiro, na Serra do Amolar, ajuda a recuperar espécies nativas para replantio em áreas afetadas por queimadas.

Da Redação
Foto: Walfrido Tomás



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