O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com a Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (26/09), a Operação Forasteiros. A ação tem como objetivo cumprir sete mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Aquidauana, além de cidades em outros estados, como São Paulo (SP), Pompeia (SP), Marília (SP) e Araguaína (TO).

Após uma investigação que durou cerca de nove meses, foi identificada uma organização criminosa denominada "MTS", cujos líderes, vindos de São Paulo, se estabeleceram em Campo Grande para explorar atividades ilícitas como o "jogo do bicho" e máquinas caça-níqueis. O grupo também comete outros crimes relacionados, necessários para manter essas operações ilegais. A organização começou a atuar na capital sul-mato-grossense a partir de 2021, após o desmantelamento de uma quadrilha anterior pela Operação Omertà, que atuava nesse segmento.

As investigações apontam que o grupo criminoso montou mais de mil bancas de apostas e arrecadava mais de R$ 5 milhões por mês desde que iniciou suas atividades na região.

A operação conta com o apoio do GAECO de São Paulo e de equipes das Polícias Civil e Militar daquele estado, além do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

O nome da operação, "Forasteiros", foi escolhido porque a liderança da organização criminosa é formada por pessoas oriundas de São Paulo que migraram para Campo Grande com o intuito de monopolizar os jogos de azar, uma atividade que já realizavam em suas cidades de origem.

Da Redação

Foto: Assessoria