06 de Out, 2024
Problemas na saúde atrapalham atual administração e podem mudar rumo das eleições, aponta pesquisa
28 de Mai, 2024

Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência revelou não apenas as intenções de voto para a Prefeitura de Coxim, mas também destacou os principais problemas enfrentados pela população local. 

A pesquisa, registrada no TSE sob o nº MS-04119/2024, entrevistou 500 moradores de Coxim entre os dias 14 e 18 de maio, com 16 anos ou mais de idade, e revelou um cenário desafiador para a administração atual, especialmente na área da saúde.

No levantamento, o atual prefeito Edilson Magro lidera com 22% das intenções de voto na pesquisa espontânea e 44,8% na estimulada. No entanto, um dado preocupante para sua campanha é que 62% dos entrevistados ainda não sabem em quem vão votar ou não responderam. Esse alto índice de indecisos sugere uma falta de confiança e satisfação com os atuais gestores.

Principais Problemas 

A pesquisa também levantou as principais preocupações dos moradores de Coxim. A saúde foi apontada como o maior problema, com 33,8% dos entrevistados afirmando que é necessário melhorar este setor. A falta de remédios e de médicos foi mencionada por 25,4% dos participantes, reforçando a necessidade de atenção urgente.

Outros problemas destacados incluem:

Limpeza pública: 15,6%

Asfalto e recapeamento: 13,2%

Investir no turismo: 10,4%

Falta de infraestrutura: 9,2%

Meio ambiente e rios: 8,8%

Saneamento básico: 7,4%

Cobrança da taxa do lixo e impostos: 6,2%

Falta de indústrias: 6%

Alto custo de vida: 5,8%

Construir mais moradias populares: 5,2%

Melhorar a sinalização de trânsito: 4,6%

Manutenção das estradas vicinais: 4%

Estabelecer mais parceria com o Governo do Estado: 3,8%

Investir mais nos distritos: 3,6%

Ajudar a zona rural: 3,4%

Melhorar o transporte coletivo urbano: 3%

Melhorar o sinal de Internet: 2,8%

Outros problemas: 2,4%

Não sabem ou não responderam: 6,6%

 

Impacto nas Eleições

Com base nos dados apresentados na pesquisa, a predominância de problemas na área da saúde e a insatisfação com a administração atual podem ser fatores determinantes nas eleições de 2024. Apesar de liderar as intenções de voto, Edilson Magro enfrenta uma população insatisfeita com serviços essenciais, como saúde e infraestrutura. Nesta esteira, a falta de medicamentos e médicos surge como outro ponto crítico.

Conforme tem sido noticiado pelo MS Norte, a saúde de Coxim enfrenta uma crise preocupante e quem sofre as consequências é a população. Os problemas na atual gestão são numerosos, incluindo ônibus em condições precárias, má administração da frota, mudanças repentinas na escala dos postos de saúde, falta de ambulâncias para o transporte de pacientes e até mesmo a demissão de um médico plantonista. 

Além disso, o município e a Fesp (Fundação Estatal de Saúde do Pantanal), entidade responsável pela administração do Hospital Regional, estão enfrentando duas ações judiciais por supostos erros médicos. Uma delas envolve a perfuração da bexiga de uma mulher, e a outra resultou na morte de uma bebê. Os pedidos de indenizações nessas ações ultrapassam os R$ 2 milhões.

Nos últimos meses, a situação parece apenas se agravar. Em julho do ano passado, vieram à tona os problemas na gestão da frota, que resultaram em diversas viaturas fora de serviço, incluindo ambulâncias.Isso obrigou o município a alugar ônibus para suprir o ônibus do Município, para transportar pacientes para consultas em Campo Grande.

Em pelo menos duas ocasiões, esses veículos em más condições apresentaram problemas, deixando os pacientes às margens das rodovias. Apesar de outros veículos terem sido disponibilizados posteriormente, a demora fez com que muitos pacientes perdessem seus atendimentos. Nos últimos dias, mais situações graves foram registradas.

Uma delas envolve o processo de uma mulher que alega ter tido a bexiga perfurada durante uma cirurgia, em um possível erro médico, e solicitou indenização ao município e à Fesp. Os pais de uma bebê que faleceu em abril deste ano também entraram com um processo contra a Fesp e o município, alegando que a filha morreu devido à não realização, a tempo, de um exame de raio-X.

Da Redação
Foto: Assessoria



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