A família da diarista M. S. X., de 57 anos, iniciou uma campanha na internet em busca de fundos para custear os exames da trabalhadora, que sofre com suspeita de varizes e corre risco de necrose nas pernas. A vaquinha foi aberta porque, pela rede municipal de Saúde de Coxim, a paciente terá que esperar pelo menos até janeiro do ano que vem e, até lá, o quadro pode se agravar.
A filha, Daiana Xavier, de 36 anos, explicou ao MS Norte que a mãe é diabética, hipertensa e tem lidado diariamente com inchaço e vermelhidão, que causam dor e desconforto. Recentemente, Marlene passou por uma consulta na policlínica da cidade, oportunidade em que o médico plantonista solicitou ultrassom com doppler em ambas as pernas para que pudesse dar um diagnóstico preciso.
Ocorre que, ao tentar agendar o exame, a família foi surpreendida com as datas disponíveis. "Minha irmã foi ao posto que atende aos casos como o da minha mãe e, para nossa surpresa, só tem agenda para janeiro do ano que vem. E como tem risco e não podemos arcar com os custos, optamos por pedir ajuda aos amigos", explicou Daiana.
Ela disse ainda que todos estão inconformados com o descaso, uma vez que a última paciente da fila, antes de Marlene, tem exame marcado para janeiro e existe desconfiança de que a espera possa ser ainda maior. "Aguardar dois, três meses, tudo bem, mas seis meses nesse caso pode levar a uma necrose, amputação ou até algo ainda pior por parte da negligência de gestores da Saúde do município. Espero que eles deem mais atenção, pois não é só minha mãe, tem várias outras pessoas na mesma situação".
Aos interessados em ajudar, Daiana explica que o mais recente orçamento para realizar o exame em uma clínica particular é R$ 900. "Quem puder ajudar e compartilhar, agradecemos".
A equipe de reportagem entrou em contato com o secretário municipal de Saúde Flávio Dias, ele alegou que todos os meses a rede municipal realiza ultrassom com doppler e afirmou que vai averiguar a demora no caso de Marlene.