20 de Set, 2024
Ao invés de comprar um ônibus novo, Coxim aluga veículo usado por R$ 798 mil e revolta vereadores
12 de Mar, 2024

Durante a sessão de segunda-feira (11) na Câmara Municipal de Coxim, os vereadores Marcinho Souza e Abilio Vaneli manifestaram indignação com um contrato de R$ 798 mil firmado pela prefeitura com uma empresa de transporte, visando a locação de ônibus para atender aos pacientes da Secretaria Municipal de Saúde.

Os parlamentares se mostraram inconformados com a postura da administração do prefeito Edilson Magro. Ao usar sua fala, Marcinho reclamou do alto valor. “Teve uma publicação no último dia 7 de fevereiro, no portal da transparência, sobre a contratação de um ônibus de aluguel para a Saúde, no valor de R$ 798 mil para 12 meses. Ou seja, são aí R$ 66,5 mil por mês”, reclamou.

Abilio Vaneli, por sua vez, corroborou com a insatisfação do colega pois, segundo ele, havia previsão orçamentária para a compra de um ônibus novo praticamente pelo mesmo valor. “É um absurdo. Essa casa, por iniciativa própria, coloca emenda ao orçamento no valor de R$ 800 mil para o município comprar um ônibus, mas agora a prefeitura está locando um por R$ 798 mil. É inadmissível uma situação dessa”, pontuou.

Crise na saúde

O paciente de Coxim que precisa usar o transporte fornecido pelo município para se consultar em Campo Grande tem enfrentado um verdadeiro calvário. Conforme amplamente noticiado pelo MS, a situação parece apenas se agravar. Em julho, vieram à tona os problemas na gestão da frota, que resultaram em diversas viaturas fora de serviço, incluindo ambulâncias. Isso obrigou o município a alugar ônibus para transportar pacientes para consultas em Campo Grande.

Em pelo menos duas ocasiões, esses veículos em más condições apresentaram problemas, deixando os pacientes às margens das rodovias. Apesar de outros veículos terem sido disponibilizados posteriormente, a demora fez com que muitos pacientes perdessem seus atendimentos. Nos últimos meses, mais situações graves vieram à tona.

Em novembro do ano passado, em pelo menos três ocasiões, pacientes precisaram de transporte de ambulância para a Capital, mas Coxim não tinha veículo disponível e precisou recorrer a municípios vizinhos. Um dos casos era de uma gestante que precisou esperar horas para conseguir ser transportada.

Além disso, o município e a Fesp (Fundação Estatal de Saúde do Pantanal), entidade responsável pela administração do Hospital Regional, estão enfrentando duas ações judiciais por supostos erros médicos. Uma delas envolve a perfuração da bexiga de uma mulher, e a outra resultou na morte de uma bebê. Os pedidos de indenizações nessas ações ultrapassam os R$ 2 milhões.

Da Redação
Foto: Arquivo



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