07 de Set, 2024
Com investimentos de R$ 22,2 bilhões, Suzano inicia operações em MS para produzir até 2,55 milhões de toneladas por ano
23 de Jul, 2024

A Suzano iniciou ontem (21), às 20h15 (horário de Mato Grosso do Sul), as operações da maior linha única de produção de celulose do mundo, instalada em Ribas do Rio Pardo, MS. Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas por ano, o empreendimento resultou de um investimento de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões foram destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento da celulose.

Com o início das operações da nova unidade, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano aumentou de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, representando um crescimento de mais de 20% na produção atual da companhia. A Suzano também produz 1,5 milhão de toneladas anuais de papéis, incluindo papéis sanitários, de imprimir e escrever, e embalagens. A construção da unidade, anunciada em maio de 2021, gerou mais de 10 mil empregos diretos no pico da obra. Com o início das operações, cerca de 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, passam a trabalhar nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade.

“Mato Grosso do Sul teve nesta semana uma grande vitória no seu posicionamento estratégico no desenvolvimento do Vale da Celulose, com a startup do projeto Cerrado, o início da ligação da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. Trata-se da maior indústria de celulose de linha única do mundo, então Mato Grosso do Sul é uma referência”, destacou Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Este é o maior investimento da história centenária da Suzano, trazendo uma série de avanços operacionais e socioambientais, alinhados aos “Compromissos para Renovar a Vida”, metas de longo prazo estabelecidas pela companhia. O secretário da Semadesc salientou que a empresa já possui uma base florestal sustentável praticamente constituída. "Isso faz com que Mato Grosso do Sul consolide o Vale da Celulose, um dos maiores produtores de celulose do mundo", acrescentou.

“A conclusão bem-sucedida do Projeto Cerrado reflete a dedicação e a capacidade de execução de cada pessoa envolvida nesta obra grandiosa e transformacional, e comprova a cultura de excelência que permeia toda a organização, liderada com maestria por Walter Schalka durante os últimos 11 anos", disse Beto Abreu, recém-nomeado presidente da Suzano. "Sua visão e ambição levaram a empresa a entregar um projeto dentro do orçamento previsto e que, em todas as etapas, aderiu ao foco central da Suzano em apoiar a sustentabilidade e ter um impacto local positivo", completou o executivo.

O empreendimento já proporciona avanços socioeconômicos em Ribas do Rio Pardo e região. No aspecto ambiental, a fábrica possui o menor raio médio estrutural da base florestal entre as operações da Suzano, com 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a fábrica, inferior ao raio médio estrutural de 150 quilômetros. Essa característica minimiza os custos logísticos e o impacto ambiental associado ao transporte da celulose.

A unidade de Ribas do Rio Pardo utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa nos fornos de cal, restringindo o uso de combustíveis fósseis aos momentos de partida e retomada de produção. A fábrica também é autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios, que atenderá os fornecedores satélites da fábrica e será exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa energia de fonte renovável poderia abastecer mensalmente uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.

A construção da nova fábrica também contribuiu para a qualificação de mão de obra local, capacitando mais de 1,3 mil pessoas para as operações industriais, florestais e logísticas da Suzano, além de cerca de 300 pessoas para o mercado de trabalho local nos setores de comércio e serviços, em parceria com o Senai e o Senac.

Além dos recursos destinados à construção da fábrica, estrutura logística e formação da área de plantio, a Suzano investiu mais de R$ 300 milhões em iniciativas como a construção de unidades de moradia e centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais. Parte do Plano Básico Ambiental (PBA), o Programa de Infraestrutura Urbana aprovado em 2021 compreende 21 projetos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social, habitação e segurança pública, incluindo a ampliação do Hospital Municipal e a construção de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), uma Casa de Acolhimento, uma Delegacia de Polícia Civil e uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O Projeto Cerrado faz parte do maior ciclo de investimentos da história da Suzano. Após investir mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2023, a companhia destinará R$ 16,5 bilhões em 2024.

"É um marco importante, um processo que começou com a Suzano chegando a Mato Grosso do Sul, adquirindo a Fibria e imediatamente adotando o projeto Cerrado I. Por isso, para o Estado, hoje é um dia de comemorar emprego de qualidade, expansão econômica, e aquilo que o próprio governador Eduardo Riedel consolida como nossa estratégia, que é fazer um trabalho de competitividade nas nossas cadeias produtivas", concluiu o secretário Verruck.

Da Redação

Foto: Assessoria




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