07 de Set, 2024
Couro é matéria-prima para fortalecer cultura pantaneira e consolidar fomento ao turismo em Rio Verde
20 de Jun, 2024

O couro desempenha um papel significativo na cultura pantaneira, refletindo as tradições da região através de diversos produtos, desde chapéus, botas e cintos até artefatos de montaria e instrumentos musicais, como a viola de cocho. Para valorizar essa diversidade e explorar o potencial do material como oportunidade de negócio, o Sebrae/MS está desenvolvendo um projeto piloto em Rio Verde de Mato Grosso, focado na capacitação e no empreendedorismo em couro para pessoas de baixa renda.

O “Projeto Sebrae: Brilha Cultura Pantaneira – Artesanato em Couro” começou nesta segunda-feira (17), com a realização da Oficina de Artesanato em Couro, que continuará até o dia 24 de junho no Polo do Senai. A oficina oferece formação técnica, desenvolvimento de habilidades, profissionalização e formalização para cerca de 20 participantes. Esta capacitação é apenas uma das etapas do projeto, que também inclui workshops sobre gestão financeira, oficinas de acesso a mercado, participação em feiras e eventos locais de artesanato, entre outras atividades.

Luiz Claudio Fornari, conselheiro do Sebrae/MS e vice-presidente regional do Sistema Fiems, destacou a importância da iniciativa para o potencial turístico da cidade. “Este projeto é pioneiro e chega em um momento crucial para Rio Verde, que está desenvolvendo sua vocação turística. Toda a ‘borda pantaneira’ tem potencial para o turismo, e precisamos desde manifestações culturais pantaneiras até a oferta de produtos. A vocação do Sebrae é criar um ambiente para o desenvolvimento do empreendedor”, afirmou.

Desde 2021, Rio Verde integra o programa Cidade Empreendedora, executado pelo Sebrae em parceria com a Prefeitura Municipal, com o objetivo de promover o desenvolvimento local através do fortalecimento dos pequenos negócios. Uma das frentes de trabalho dessa iniciativa tem sido o turismo, e o projeto de artesanato em couro dá continuidade aos esforços já realizados no município.

O foco atual são as pessoas de baixa renda, em situação de vulnerabilidade, interessadas em adquirir conhecimentos em artesanato em couro e empreendedorismo. O projeto será desenvolvido ao longo de 10 meses.

“Nosso objetivo é preservar a cultura por meio da transmissão de conhecimentos e práticas tradicionais, ao mesmo tempo em que estimulamos a geração de renda e o desenvolvimento social. O projeto vai apoiar a profissionalização e formalização de artesãos e empreendedores, facilitando o acesso ao mercado através de parcerias com empresas distribuidoras de produtos artesanais”, explicou Luzicarla Softov, gerente da Regional Norte do Sebrae/MS.

A cultura pantaneira agrega um valor significativo aos produtos de couro, refletindo características exclusivas desse bioma. Para aplicar a oficina e atuar como “padrinho” do projeto, o Sebrae convidou Odney Lopes Batista, da Selaria Bufálo, um empresário local que atualmente comercializa roupas, acessórios e outros itens de couro em outros estados.

“Demorei vinte anos para sair de artesão para empresário. Estou aqui para facilitar a venda dos produtos que vocês irão fazer, todos direcionados à cultura pantaneira. Cada um de vocês poderá se destacar em uma área, como a da costura, por exemplo. Não será somente um curso para aprender uma atividade, mas também para produzir, comercializar e, enfim, ter um negócio”, disse o empreendedor no primeiro dia da oficina.

Da Redação

Foto: Assessoria




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