Áreas protegidas de Alcinópolis têm trilhas que levam a sítios pré-históricos e garante belas paisagens. Foto: Marines Duranes 

 Por Fabio Pellegrini

Com a proibição da pesca desde de sexta-feira (5 de novembro) nos rios de Mato Grosso do Sul, o turismo contemplativo, o turismo de aventura e o ecoturismo são os segmentos que devem ter grande procura nesse período de virada de ano com medidas menos restritivas.

Com os baixos índices de contágio por covid devido à eficácia da campanha de vacinação, a desobrigação de uso de máscaras em áreas abertas no território sul-mato-grossense e o alto custo das passagens aéreas, a tendência é que as pessoas busquem destinos mais próximos de suas origens e destinos que valorizam a natureza terão aumento significativo de demanda.

A Rota Cerrado Pantanal é uma região turística que engloba 11 municípios do Norte de Mato Grosso do Sul e oferece uma diversidade de atrativos como parques naturais, sítios arqueológicos e históricos, museus, trilhas de caminhada (trekking) e de bike, passeios de caiaques, rafting, tirolesa, rapel, bóia-cross, balneários, pousadas, áreas para acampamentos (camping) com disposição para motorhomes, cachoeiras, visitas guiadas a empreendimentos sociais, além de grande variedade de hotéis e restaurantes acessíveis a todos os gostos e bolsos.

Caravanistas, como são chamados os adeptos de motorhomes, têm se tornado comuns na região. Foto: Divulgação Refúgio Santa Teresa

Localização privilegiada

A rodovia BR-163 é o principal meio de acesso para quem está em Campo Grande, estando privatizada e com pedágios (confira as tarifas aqui), que de certa forma garante segurança por meio da rede de apoio e serviços, desde a divisa de MT/MS em Sonora, passando por Pedro Gomes, Coxim, Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Bandeirantes e Jaraguari.

Já a MS-306, no nordeste do Estado, foi privatizada recentemente desde o km zero, na divisa de MS/MT, até o km 218,1 no entroncamento com a BR-158, em Cassilândia (MS), e incorpora 1,4 quilômetro da BR-359, do km zero à Divisa MS/GO; totalizando 219,5 quilômetros. A rodovia MS-306 se desenvolve ao longo da divisa do Estado do Mato Grosso do Sul com o Estado de Goiás, atravessando três municípios: Costa Rica, Chapadão do Sul e Cassilândia, havendo três praças de pedágio (confira as tarifas aqui). Alcinópolis é acessado pela BR-359, enquanto Camapuã, Figueirão e Paraíso das Águas pela BR-060, ambas sem pedágios nos trechos.

Opções de hospedagem vão de alto padrão, como no Hotel Faedo, em Coxim, ao camping. Foto: Fabio Pellegrini 

Diversidade de atrativos

Para o presidente da Rota Cerrado Pantanal, empresário Luiz Roberto Roque, é importante salientar a importância do respeito ao período de proibição da pesca para o repovoamento dos rios e também lembrar que o território oferece uma enorme diversidade de produtos turísticos.

“Temos alguns destinos tradicionais e outros com novos atrativos, mas há de se atentar que há um novo fluxo interessado em nossa região, como os observadores de aves, o turismo de fotografia para casamentos (pré-wedding) e nascimento de filhos (babyborn), os astroturistas (observadores de estrelas), os mototuristas que fazem viagens rápidas em grupos, os caravanistas com seus trailers e motorhomes que costumam passar mais dias nos destinos e também os cicloturistas. Nossa região tem sido muito procurada e temos uma excelente infraestrutura para receber esse novo turista”, resume Roque.

Canoagem: a empresa Coxim Extremo oferece passeios contemplativos para famílias e também expedições para quem curte aventuras mais radicais. Foto: Fabio Pellegrini

Região promissora com novos roteiros

Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), em depoimento exclusivo ao site MS Norte, diz que a região turística da Rota Cerrado Pantanal é uma das mais promissoras de Mato Grosso do Sul, e que já conhece a região desde quando atuava como técnico em 2005.

“A Rota Cerrado Pantanal tem destinos muito bonitos, com atrativos bem interessantes, um potencial natural muito grande, com localização geográfica próxima a estados emissores importantes como Goiás, São Paulo e Mato Grosso. Atualmente, com a instância de governança regional caminhando muito bem, e a organização de novos roteiros, a tendência é que essa região se consolide como destino turístico forte a princípio regional, mas com grande potencial para ser um destino nacional e futuramente até internacional. A Fundação de Turismo vai continuar firme no trabalho de organização, de apoio à oferta e na promoção dos destinos dessa região maravilhosa”, afirmou Bruno.

Fotógrafos têm buscado cada vez mais a região para registrar momentos especiais de seus clientes, como neste caso, na Fazenda Igrejinha, em Rio Verde. Foto: Eduardo Bampi

Municípios e empreendimentos podem se associar

A Agência de Desenvolvimento Econômico Cerrado Pantanal - Rota Cerrado Pantanal - é formada por empresários e representantes de instituições dos municípios sul-mato-grossenses de Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Sonora e Paraíso das Águas.

A Instância de Governança Regional é uma organização formal que envolve empresários do turismo e comércio, com participação do poder público e do terceiro setor, com o papel de desenhar estratégias em âmbito regional para compartilhar espaços de diálogo; tomar decisões e orientar o desenvolvimento turístico de uma região, de forma sustentável.

Por meio da IGR, os municípios e empresários envolvidos podem participar das campanhas de marketing para a promoção do turismo do MS; ter apoio a famtours e press trips; participação em feiras e eventos; capacitações e workshops de forma presencial, online e híbrida; além de ter acesso, por meio de editais de apoio a eventos geradores de fluxo turístico, promoção, comercialização e execução de levantamentos estatísticos; participar do Plano de Retomada do Turismo de Mato Grosso do Sul; entre outros.

A consolidação da IGR Rota Cerrado Pantanal integra o Programa Nacional de Regionalização do Turismo (PRT), do Ministério do Turismo, apoiado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Turismo e apoio do Sebrae/MS.

As águas límpidas do Rio Verde tornam possível a observação de ictiofauna com uso de máscaras e snorkels, como no Balneário do Meca. Foto: Fabio Pellegrini

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